sábado, 27 de junho de 2009

Fénix


A fénix é um pássaro da mitologia grega e egípcia que quando morria entrava em auto-combustão e passado algum tempo renascia das próprias cinzas. Outra característica da fénix é a sua força que a faz transportar em vôo cargas muito pesadas, havendo lendas nas quais chega a carregar elefantes.

Teria penas brilhantes, douradas e vermelho-arroxeadas, e seria do mesmo tamanho ou maior do que uma águia. Segundo alguns escritores gregos, a fénix vivia exactamente quinhentos anos. Outros acreditavam que o seu ciclo de vida era de 97 200 anos. No final de cada ciclo de vida, a fénix queimava-se numa pira funerária. A fénix, após erguer-se das cinzas, levava os restos do seu pai ao altar do deus Sol, na cidade egípcia de Heliópolis (Cidade do Sol). A vida longa da fénix e o seu dramático renascimento das próprias cinzas transformaram-na em símbolo da imortalidade e do renascimento espiritual.

Os gregos provavelmente copiaram dos egípcios a idéia da fénix. Esses últimos adoravam "benu", uma ave sagrada semelhante à cegonha. O "benu", assim como a fénix, estava ligada aos rituais de adoração do Sol em Heliópolis. As duas aves somente representavam o Sol, que morre em chamas toda tarde e emerge a cada manhã.

Hesíodo, poeta grego do século VIII a.C., afirmou que esta ave vivia nove vezes o tempo de existência do corvo, que tem uma longa vida. Outros cálculos mencionaram até 97 200 anos.

Quando a ave sentia a morte aproximar-se, construía uma pira de ramos de canela, sálvia e mirra em cujas chamas morria queimada. Mas das cinzas erguia-se então uma nova fénix, que colocava piedosamente os restos da sua progenitora num ovo de mirra e voava com eles à cidade egípicia de Heliópolis, onde os colocava no Altar do Sol. Dizia-se que estas cinzas tinham o poder de ressuscitar um morto.

Actualmente os estudiosos crêem que a lenda surgiu no Oriente e foi adaptada pelos sacerdotes do Sol de Heliópolis como uma alegoria da morte e renascimento diários do astro-rei. Tal como todos os grandes mitos gregos, desperta consonâncias no mais íntimo do Homem. Na arte cristã, a fénix renascida tornou-se um símbolo popular da ressurreição de Cristo.

Curiosamente, o seu nome pode dever-se a um equívoco de Heródoto, historiador grego do século V a.C.. Na sua descrição da ave, ele pode tê-la erroneamente designado por fénix (phoenix), a palmeira (phoinix em grego) sobre a qual a ave era nessa época representada.

A crença na ave lendária que renasce das próprias cinzas existiu em vários povos da antiguidade, como entre os gregos, egípcios e chineses. Em todas as mitologias o significado é preservado: a perpetuação, a ressurreição, a esperança que nunca tem fim.

Para os gregos, a fénix por vezes estava ligada ao deus Hermes e é representada em muitos templos antigos. Há um paralelo da fénix com o Sol, que morre todos os dias no horizonte para renascer no dia seguinte, tornando-se o eterno símbolo da morte e do renascimento da natureza.

Os egípcios a tinham por "Benu" e estava sempre relacionada à estrela "Sótis", ou estrela de cinco pontas, estrela flamejante, que é pintada ao seu lado.

Na China antiga a fénix foi representada como uma ave maravilhosa e transformada em símbolo da felicidade, da virtude, da força, da liberdade, e da inteligência. Na sua plumagem, brilham as cinco cores sagradas: roxo, azul, vermelho, branco e dourado.

No ínicio da era Cristã esta ave fabulosa foi símbolo do renascimento e da ressurreição. Neste sentido, ela simboliza o Cristo ou o Iniciado, recebendo uma segunda vida, em troca daquela que sacrificou.

Fonte: Wikipédia

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